E hoje foi o dia do julgamento final, da justiça. Ou não! Talvez, para aqueles pais quase "moribundos" e sedentos de uma resposta, de um sinal ou de uma pista, foi apenas o pior dia de todos, aquele em que finalmente descobriram que estão sozinhos, que afinal a resposta não vem e o sinal não aparece. Venceu o silêncio, a cobardia e a falta de coragem de alguém que esconde e não revela, que sabe e não diz, que tem e não dá, de alguém que tinha o poder de diminuir o abismo, de amortecer mais um pouquinho a queda. Mas então ele só afundou o precipício, projetou ainda mais o salto, tornou a angústia e sofrimento mais insuportáveis do que nunca......calou-se. A justiça, que já tinha sido, foi outra vez cega, surda e muda, o arguido também. Foi a cereja no topo do bolo para, mais uma vez, deitar por terra a derradeira esperança, as últimas lufadas de oxigénio, as poucas forças, só para saber o que aconteceu naquele dia, "para onde foi o meu filho".
Nós, que somos pais e mães, podemos sempre perguntar se aguentaríamos? Olhamos para este pai e esta mãe e ganhamos coragem para entender que não existem limites para o amor, até que alguém os impõe. Simplesmente porque não fala. E depois, podem não existir limites para a revolta.
Bjs, mãe
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