Hoje pelas 8 da manhã a minha princesa loura (sim, porque agora também tenho uma morena) acordou em pânico a chamar por mim. Gritava numa aflição que só, as lágrimas corriam pela cara que dava para encher um copo de litro. Rapidamente percebi que despertou de um sonho pouco bom e ela, probrezinha, entre soluços e ranho lá me conseguiu explicar que estava a sonhar que o pai não queria mais o Ziggy. Eu explico: o Ziggy é o nosso labrador retriever de oito anos, com quem ela nasceu e cresceu. É o nosso companheiro de todas as horas, um verdadeiro amigo que vai connosco p'ra tudo o que é sitio, com quem a miúda brinca, beija e acarinha, um autêntico talismã que nos relembra todos os dias como é maravilhoso ter um cão. Um protetor que está sempre à espera para nos avisar que está ali, no caso de ser preciso alguma coisa, no caso de precisarmos de um mimo, um colo ou uma lambidela. O Ziggy é um tesouro que não tem preço e sem o qual, ninguém da família se imagina a viver.
Portanto, a minha filha não é exceção. O pai explicou que nunca faria isso, a mãe reforçou que foi apenas um sonho mas ela não quis saber. O pesadelo/desespero só amainou quando ela correu para a porta mais próxima do terraço, levantou cheia de pressa o estore de dentro, depois o de fora e observou com os seus próprios olhos, para que não houvesse dúvidas, que o melhor amigo ali estava para os bons dias, no sítio de sempre, com a postura de sempre, lindo e maravilhoso como sempre. Parecia que alguém lhe tinha tirado dois mundos de cima dos ombros mas, entre o despachar e não despachar para rumar à escola, quando se lembrava do maldito sonho, o olhar estremecia e a emoção transbordava......"O Ziggy é o meu melhor amigo, não é mamã? Ele é tão querido, é tão fofinho, é o meu melhor amigo, não é mamã?"
Podes ter a certeza disso minha filha.
Bjs, mãe
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