quarta-feira, 25 de maio de 2011

da Madeira e dos madeirenses

Eu adoro a Madeira. Não sou estreante. Sou o que se pode chamar de hóspede frequente. De toda a Europa corrida de uma ponta a outra é um sítio onde sabe sempre bem ficar. Pelo tempo. Pelo sol. Pelo calor que contrasta e aquece as temperaturas europeias a que nos vamos habituando. Pelo acordar naquela imensidão de mar. Pela boa comida. Pelo bolo do caco. Pelas mil e uma maneiras de dar uso ao maracujá. Pelas ponchas. Pelas bananas. Pelos sotaques e aquela forma estranhíssima de falar com a boca cheia de letras... Gosto da Madeira. Gostava ainda de gostar mais, de conhecer melhor.

O que chateia? A obsessão pelo turismo estrangeiro. Que apesar de nos intitularem de "cubanos", a nós os do continente (engraçado, quando eles é que vivem na república das bananas e têm um Fidel Castro e tudo...), claro está que turismo não quer nada com quem fale a língua de Camões. O cúmulo? Os cartões e ementas de restaurantes virem traduzidos em inglês, francês, alemão, espanhol, sueco, finlandês, ucraniano, neozelandês, russo, polaco, e mais o que quer que se fale daqui até ao raio que os parta, e português? Ah isso só experimentando ou indo pelas fotos é que se percebe o que por ali se gasta... Claro que o mesmo se passa em hotéis, pontos turísticos, etc. Tudo vem explicadinho em todas as línguas, mas em português só com a sinalética e já gozam.

É triste. E mais triste se torna quando se transpõe este notório preferencialismo e, até, discriminação para o trato directo com as pessoas. Somos muito pequeninos para o que é nosso. Como podemos ser grandes de não sabemos ser inteiros? Isto a mim entristece-me. As mentalidades fechadas, altamente manipuladas. Porque falamos todos a mesma língua, ainda que com diferentes sotaques. Porque de Porttugal somos todos! E isto sou eu que adoro a Madeira. Que é tão portuguesa, tão nossa!

Ju*

1 comentário:

Anónimo disse...

pois...antes de ir lá tenho que pensar primeiro em acabar de conhecer os Açores, onde não me parece que existam essas parvoíces sem tamanho!

Um Alberto João faz toda a diferença...o senhor é qualquer coisa de intragável!!:(

Bjs, mãe